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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

As Contratações da Câmara Municipal de Matosinhos


O País está em crise. De todos os lados chegam apelos a um esforço de poupança, todos os dias ouvimos alertas sobre a necessidade de diminuição de gastos.
E quase todos estamos de acordo que este esforço de contenção de gastos deve começar pelos poderes públicos, pelo Estado, isto é, pelo Governo, pelas Empresas Públicas, pelos Institutos Públicos e pelas Autarquias  Locais.
Quem parece que não está de acordo com esta necessidade de poupar, de gerir bem, de não desperdiçar, é a Câmara Municipal de Matosinhos que na reunião de terça-feira passada aprovou a celebração de vários contratos com empresas de cedência de pessoal para trabalho temporário. Contratos que equivalem a cerca de meio milhão de euros a gastar nos próximos 6 meses.
Toda a gente diz que é preciso limitar a contratação de novos funcionários públicos e das autarquias? O Dr. Guilherme Pinto dá a volta a isto e em vez de celebrar contratos com os putativos trabalhadores contrata-os através de empresas de cedência de trabalhadores. Brilhante. Mas pouco ético, para não dizer pouco sério.
Toda a gente se mostra preocupada com a falta de emprego e com a precariedade do mesmo? O Dr. Guilherme Pinto quer lá saber disso. Faz-se um contrato de trabalho temporário, não com o trabalhador mas com uma empresa que, muito legitimamente cobra à Câmara mais do que aquilo que paga ao trabalhador já que tem encargos e precisa de ganhar alguma coisa com a empresa. Isto é, cada trabalhador assim contratado vai receber X. Mas a Câmara não vai pagar só essa quantia. Vai pagar esse X mais Y que são os encargos que a empresa contratada tem com o próprio trabalhador, acrescido de uma quantia Z que é o ganho da empresa com o contrato que celebra com a autarquia de Matosinhos. Fica caro. Mas é muito socialista!
É uma vergonha!
É um disparate!
E ainda têm a lata de tentar justificar este “forró“ despesista com o facto de ser necessário preencher lugares que estão ainda a concurso. Então uma gestão competente dos recursos públicos não exige que se lancem os concursos a tempo de permitirem o preenchimento dos lugares no momento em que o trabalho em questão passa a ser necessário? Quem é o responsável pelo “erro de cálculo” que vai custar uns largos milhares de euros ao erário municipal? Quem paga nós sabemos. Somos todos nós, munícipes e contribuintes. A incompetência, o desleixo e o desvario do Dr. Guilherme Pinto, da sua equipe e dos seus acólitos, essa vai, tal como a culpa, morrer solteira.
E já agora, só uma dúvida: será que alguma das pessoas que vai ser colocada através destas empresas de trabalho temporário vai ser, mais tarde, contratada pela Câmara directamente? Será que algum dos candidatos aos concursos pendentes vai trabalhar na Câmara por via destas empresas? Será gato escondido com o rabo de fora?
Só há uma forma de o sabermos: é a de exigirmos que o Presidente da Câmara de Matosinhos torne públicos os nomes das pessoas que vão prestar serviços à Autarquia de Matosinhos através deste expediente.
E claro, estarmos atentos. Muito atentos mesmo.
É um desaforo!
É incompetência a mais
É mesmo uma vergonha!

Pedro da Vinha Costa
Presidente da Comissão Política Concelhia de Matosinhos do PSD

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