Partido Social Democrata de Matosinhos

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sábado, 20 de novembro de 2010

Intervenção de Pedro da Vinha Costa, Prresidente da CP do PSD Matosinhos no jantar de dia 19/11/2010

As minhas primeiras palavras são para agradecer a presença de todos vós neste jantar. É muito reconfortante para mim, Presidente do PSD de Matosinhos, sentir o vosso apoio, a vossa solidariedade e a vossa amizade, num momento como este, em que se celebra um ano da eleição desta Comissão Política a que tenho a honra de presidir.


Este ano foi muito difícil. De trabalho árduo de dinamização do PSD de credibilização do nosso Partido junto da sociedade Matosinhense, de afirmação do PSD como um Partido activo e acima de tudo sério.

Este trabalho só foi possível porque contámos sempre com o vosso apoio e solidariedade.

Infelizmente, há muitos que aqui queriam estar mas não podem.

Uns porque não há espaço. Não cabe nem mais uma pessoa. Mas estão connosco de alma e coração

Outros porque a crise os impede. O desemprego, a perda de poder de compra, a diminuição do rendimento disponível, são factores que impediram muitos dos nossos companheiros de estarem aqui presentes neste jantar de confraternização e de luta.

Contamos com todos, porque todos seremos poucos para enfrentar as dificuldades e os problemas que aí vêm.

Mas deixem-me, de entre todos vós, saudar em especial duas pessoas: um, um amigo de há muitos anos, que ainda não é nosso militante, mas que tem colaborado connosco. Que acima de tudo, é uma pessoa que ao longo de quase uma dezena de anos tem sido o rosto de um conjunto de Matosinhenses que não temem o poder asfixiante do PS em Matosinhos, que não se resigna, que não se cala contra uma vergonha, um atentado à saúde pública, inaceitável em qualquer ponto do mundo civilizado mas que existe e subsiste neste Matosinhos que se afirma desenvolvido e moderno: refiro-me ao Dr. Miguel Pereira Leite e à luta que tem travado contra a estilha depositada ao ar livre na doca de Leixões. Se até agora essa luta tem sido travada apenas pelos moradores da zona mais afectada, com o Miguel, corajosamente à frente, hoje já não é assim: o PSD está na primeira fila na luta contra essa vergonha criminosa que atenta contra a saúde pública. Obrigado Miguel, pela tua coragem, pela tua força, pelo teu exemplo. Temos muito gosto em te ter aqui connosco.



A segunda pessoa que quero referir é o Professor David Carvalho Um militante de há muitos anos, um amigo de há mais de 30 anos, quando, era eu menino e ele também, embora ligeiramente mais velho, nos cruzamos na JSD. Com ele aprendi os valores do então PPD e da JSD. Com ele aprendi a lutar por aquilo em que acredito, doa a quem doer. O Prof. Doutor David Carvalho é um militante do PSD de Matosinhos e a sua presença aqui, hoje, deixa-me muito orgulhosos e muito contente. Bem hajas, David. Conto contigo para as batalhas futuras.



A minha segunda saudação é para o Presidente da Distrital do Porto da JSD. A tua presença aqui honra-nos porque é garantia que a JSD vai olhar para Matosinhos de forma diferente. Precisamos de uma JSD forte e activa.



Uma palavra para o meu querido amigo Eng. Vale Peixoto, Secretário Distrital dos TSD, que infelizmente não pode estar aqui presente por motivos de saúde. E como era importante tê-lo aqui connosco, pelo que o meu amigo Vale Peixoto representa para todos nós mas também para, com a sua presença, agraciar o excelente trabalho que os TSD têm desenvolvido em Matosinhos, nomeadamente o fantástico trabalho que o seu Coordenador, o Rui André, tem realizado.



Uma palavra também para o Pedro Duarte, o Deputado que acompanha os assuntos de Matosinhos. A tua disponibilidade permanente, a tua colaboração activa, a tua solidariedade inabalável têm sido muito importantes para o trabalho que temos vindo a realizar. Muito obrigado Pedro.



Permitam-me agora que me dirija ao Presidente da Comissão Política distrital e Vice-Presidente da Comissão Política Nacional, Dr. Marco António Costa. Há um ano atrás, quando fui eleito Presidente do PSD Matosinhos disse que as relações entre o PSD Matosinhos e a CPD seriam o que a Distrital quisesse. Um ano volvido, quero dizer, aqui, publicamente, que essa relação tem sido excelente porque foi isso mesmo que a Distrital quis. Agradeço pois ao Dr. Marco António Costa todo o apoio, estímulo e solidariedade que sempre prestou a esta Comissão Política. Quero agradecer-te, meu caro Marco, porque tens sabido com justiça compreender as dificuldades que nós, sociais democratas de Matosinhos sentimos no dia a dia, num concelho em que o poder socialista tenta abafar tudo e todos, comprando consciências e ameaçando e perseguindo os que não se vendem nem se rendem. Mas quero ainda agradecer-te a mestria com que tens colaborado connosco na gestão de um dossier muito difícil que é o do acordo que o candidato eleito pelo PSD celebrou com o PS. Sou testemunha de que tens sido inexcedível na busca da solução para este problema e quero agradeço-te por isso.

Mas quero fazer-te, daqui, e agora, um pedido. Sei que respeitas, como não pode deixar de ser, a separação entre os órgãos políticos e jurisdicionais. Estou certo de que assim continuará a ser contigo. Mas todos temos o direito de fazer ouvir a nossa voz quando os problemas assumem a gravidade que hoje têm. E hoje, mesmo depois de termos deixado claro que o Vereador Guilherme Aguiar não tem a confiança política do PSD de Matosinhos, mesmo depois de, por unanimidade, o mais concorrido dos Plenários do PSD de Matosinhos ter sufragado e apoiado esta posição, a verdade é que para os Matosinhenses há uma grande confusão porque o PSD diz uma coisa cá fora e o Vereador Guilherme Aguiar faz outra na Câmara, garantindo assim o emprego que o PS lhe ofereceu e que, pelos vistos, lhe dá tanto jeito.

Temos de clarificar, de uma vez por todas, esta questão. Permitam-me aliás uma analogia com o que se passa no País.

São cada vez mais frequentes as vozes do PS, sempre do PS, que vêm falando de um acordo de governo com o PSD.

O Presidente do Partido, o Dr. Pedro Passos Coelho deixou as coisas bem claras: o PSD não está disponível para fazer acordos de Governo ou Governos de coligação com o PS. O PS não tem maioria absoluta, quis aprovar o Orçamento, o País precisava e precisa de ter um Orçamento. Pois bem, o PSD sentou-se à mesa com o PS, dialogou, discutiu e negociou a viabilização do Orçamento. Porque era do interesse do País e não porque fosse do interesse do PS. Não aceitou nem aceita lugares no Governo, ou seja onde for, em troca do seu voto. É assim que deveria ser em Matosinhos. Mas não é, infelizmente. O PSD não negociou. Houve um Vereador que fez uma troca: um emprego em troca de voto, de voto igual ao do PS durante todo o Mandato.

E agora que o assunto está nas mãos do Conselho de Jurisdição Distrital, o que te peço, Marco, é que juntes a tua voz à nossa na exigência de que seja feita justiça e que de uma vez por todas se separe o trigo do joio, deixando claro que o PSD não é uma agência de empregos. O PSD é um Partido de gente livre, que não se vende. Um partido de homens e de mulheres que não trocam convicções por conveniências.

Muito obrigado Marco, pela tua presença, pelo teu apoio e pela tua solidariedade.

Uma palavra final para um grande amigo de há muitos anos. O Dr. Miguel Macedo, líder Parlamentar do PSD na Assembleia da República, onde tem sido o rosto vitorioso de um combate sem tréguas pela transparência na vida política, pelo combate à irresponsabilidade e à incompetência do Governo PS. O rosto da verdade, na luta contra um Primeiro-ministro que não hesita em mentir despudoradamente para tentar continuar a enganar um Povo e a conduzir um País à ruína. Muito obrigado Miguel, pelo trabalho fantástico que tens realizado e pela tua presença que é para nós um forte estímulo.

Mas deixa-me, Miguel, que te diga que a tua vinda a Matosinhos pode ter mais alguma utilidade mais do que o estímulo e o apoio que nos vens trazer. Pode ser útil para ti, e para todos quantos têm a difícil tarefa de combater com armas desiguais o poder caduco do PS.

É que o que o PS faz em Matosinhos é um bom espelho do que o PS faz no País. Alguns exemplos apenas:

1º exemplo - o PS insiste na construção ridícula de uma linha de TGV que ligará a fronteira, onde nada se passa, e o Poceirão onde nada existe. Pois bem, também aqui em Matosinhos há uma linha de comboio que por decisão do PS, por culpa da Câmara do PS, parece ser um ensaio para o que vai acontecer no TGV. Quem quiser ver vá ver a linha que liga Ermesinde a Leixões. A Leixões não, porque termina em Leça do Balio, num descampado onde ninguém quer sair e muito menos entrar. Por dia viajam cerca de 2 pessoas, ouviram bem, 2 pessoas, nesse comboio. No TGV será mais ou menos o mesmo só que para mais caro.. Quem ganha com isso? Os Portugueses não são. Quem ganha com a linha Ermesinde Leixões que não chega a Leixões? Os Matosinhenses não são.

Os estudos iniciais apontavam para cerca 72.000 passageiros ano. Se, e na condição de a linha seguir até Leixões e ter mais duas paragens: Hospital de S. João e Arroteia. E tudo deveria estar a funcionar em Maio deste ano. Mas não está, e segundo a REFER, não está por culpa da Câmara de Matosinhos. E daqui lhes digo: ou fazem o que têm a fazer para rentabilizar a linha ou então fechem-na. Não desbaratem o dinheiro dos Portugueses.

2º Exemplo: o Governo do PS beneficiou de forma escandalosa uma empresa com o famigerado negócio do Magalhães. Assim concluiu uma Comissão Parlamentar. Pensam que em Matosinhos foi diferente? Enganam-se. Também a Câmara de Matosinhos deu, à mesma empresa um terreno. Para fazer uma fábrica que criaria milhares de postos de trabalho? Não. Para instalar os programadores que iriam fazer programas em Português em vez dos ridículos programas de que houve notícia? Também não. Para fazer um armazém, pasme-se.

3º Exemplo: o primeiro-ministro vai andando pelo mundo fora a fazer a ridícula figura de vendedor de computadores, tentando impingir o Magalhães a quem quer que lhe apareça pela frente. Pois bem quem é a fonte inspiradora? A fonte inspiradora é, nem mais nem menos, o Dr. Guilherme Pinto que anda de porta em porta, em Angeiras, a tentar convencer os pescadores de que devem aceitar a instalação de uma cultura de bivalves no mar de Angeiras apesar de saber, porque eu sei que ele sabe, que tal instalação será o fim da actividade piscatória e a desgraça de dezenas de famílias. O Dr. Guilherme Pinto em vez de se preocupar em defender os míseros tostões dos pescadores de Angeiras preocupa-se, isso sim, em defender os milhões de um investimento privado que será, porventura, muito lucrativo para meia-dúzia, mas ruinoso para a economia local.

E vou dar-vos uma notícia em primeira-mão: desafiei o Dr. Guilherme Pinto para um debate sobre esta questão, perante os pescadores, em Angeiras. Respondeu-me ontem que está disponível para falar comigo sobre o assunto, mas na Câmara Municipal e sem a presença dos pescadores.

Pois bem, daqui digo ao Dr. Guilherme Pinto. Eu não lhe pedi uma audiência para coisa nenhuma. Eu desafiei-o para um debate perante os pescadores de Angeiras. Se não tem medo venha. Venha falar perante aqueles que podem ter o seu futuro posto em causa. Venha debater comigo. Se se sente mais confortável na Câmara, pois bem, vou à Câmara debater. Mas com os pescadores lá. Para o ouvirem a si e me ouvirem a mim. E poderem, como homens livres e inteligentes, tirar conclusões. Para que percebam quem está a defender os interesses dos pescadores e quem está a defender os interesses de um investidor qualquer.

4º Exemplo: meu caro Miguel, aqui como no País, também se respira um ar pesado, porque liberdade e democracia são palavras que o PS muito usa mas pouco pratica. Controlam a informação, impedem que os membros das Assembleias de Freguesia possam fiscalizar as Juntas de Freguesia. Tentam criar um reino de terror. Tentam controlar todas as instituições. Aqui o PS, compra, ameaça ou persegue quem dele ousa discordar. Qualquer dia vamos começar a ver o Ps a tentar controlar as Administrações de Condomínios.

È contra este estado de coisas que temos de lutar. Em Matosinhos como em Portugal inteiro. Porque a nós o PS não compra. Não por falta de dinheiro, mas sim porque no PSD não nos vendemos. Aprendemos com Sá Carneiro o que é lutar por convicções, o que é a força de lutar por aquilo em que acreditamos.

Hoje é já adquirido que, no País, o PS não vai durar muito no poder. Porque os Portugueses não aguentam mais. E hoje os Portugueses vêm o PSD como alternativa credível ao PS e Passos Coelho como o homem que vai substituir Sócrates.

Pois bem, com ajuda de todos, com o esforço dos generosos militantes do PSD de Matosinhos e com a solidariedade e o apoio de pessoas como tu, Marco António, e como tu, Miguel Macedo, também nós vamos conseguir, aqui em Matosinhos construir a alternativa de que os Matosinhenses precisam e o concelho carece. Também nós vamos libertar Matosinhos de um poder caduco, velho e podre. Para que Matosinhos possa respirar de novo, em liberdade e democracia.



VIVA o PSD

VIVA MATOSINHOS

VIVA PORTUGAL

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