Que pelo menos haja memória...
Os tempos futuros serão muito duros para a grande maioria dos Portugueses. Julgo que grande parte das pessoas ainda não entendeu na plenitude o que vem por aí - a linguagem utilizada no palco mediático é ainda bastante técnica e centrada no orçamento. De todo o modo, como disse Luís Pedro Nunes no Eixo do Mal, este não é um orçamento… isso é o que nos querem convencer, isto é um “Pedregulho pela cabeça abaixo dos Portugueses” e, de facto, é isso mesmo.
Vamos ganhar menos… muito menos; vamos pagar mais pelo crédito à habitação; vamos pagar mais pelos produtos que consumimos; vamos naturalmente pagar mais pelos serviços de que necessitamos; vamos ver mais portugueses sem emprego, muitos mais; vamos perder qualidade no trabalho e todas as regalias e direitos serão vistos como alvos a abater mesmo para os que trabalham no sector privado; verificar-se-á a um aumento exponencial da miséria, da criminalidade e a economia paralela atingirá níveis nunca antes vistos; milhares de empresas por esse país fora fecharão portas com particular incidência no pequeno negócio dependente da procura interna; a democracia perderá qualidade e com tal perda esvai-se sempre um pouco de liberdade e afirmação de um povo porque, os mais pobres e carenciados fruto da sua fragilidade, contestam naturalmente menos e resignam-se mais.
Porém, o mais gravoso e profundamente inquietante está encoberto pelo impacto dos cortes e pela forma brutal como será reajustado em forte baixa o nível económico dos portugueses. O mais dramático é a actual clara impossibilidade de, mesmo a longo prazo, chegarmos sequer perto da média europeia relativamente aos principais indicadores de qualidade de vida. Continuaremos a divergir negativamente e seremos cada vez os mais pobres entre os pobres. De certa forma, trata-se da ruína de toda uma missão a que nos propusemos que se esboroou por força da ganância galopante e da mediocridade moral primária dos nossos governantes.
Esperemos pelo menos desta vez haja memória e que a dita não seja curta. Que a culpa seja muito bem casada com anel no dedo e arroz à saída da igreja. O único poder que é dado ao povo é o de votar e esta não é altura para abstenções e faltas de comparência. Este é o momento de escrever com letras maiúsculas a palavra DEMOCRACIA e correr do poder com a pandilha que nos levaram à bancarrota. Que a memória seja longa.
Vamos ganhar menos… muito menos; vamos pagar mais pelo crédito à habitação; vamos pagar mais pelos produtos que consumimos; vamos naturalmente pagar mais pelos serviços de que necessitamos; vamos ver mais portugueses sem emprego, muitos mais; vamos perder qualidade no trabalho e todas as regalias e direitos serão vistos como alvos a abater mesmo para os que trabalham no sector privado; verificar-se-á a um aumento exponencial da miséria, da criminalidade e a economia paralela atingirá níveis nunca antes vistos; milhares de empresas por esse país fora fecharão portas com particular incidência no pequeno negócio dependente da procura interna; a democracia perderá qualidade e com tal perda esvai-se sempre um pouco de liberdade e afirmação de um povo porque, os mais pobres e carenciados fruto da sua fragilidade, contestam naturalmente menos e resignam-se mais.
Porém, o mais gravoso e profundamente inquietante está encoberto pelo impacto dos cortes e pela forma brutal como será reajustado em forte baixa o nível económico dos portugueses. O mais dramático é a actual clara impossibilidade de, mesmo a longo prazo, chegarmos sequer perto da média europeia relativamente aos principais indicadores de qualidade de vida. Continuaremos a divergir negativamente e seremos cada vez os mais pobres entre os pobres. De certa forma, trata-se da ruína de toda uma missão a que nos propusemos que se esboroou por força da ganância galopante e da mediocridade moral primária dos nossos governantes.
Esperemos pelo menos desta vez haja memória e que a dita não seja curta. Que a culpa seja muito bem casada com anel no dedo e arroz à saída da igreja. O único poder que é dado ao povo é o de votar e esta não é altura para abstenções e faltas de comparência. Este é o momento de escrever com letras maiúsculas a palavra DEMOCRACIA e correr do poder com a pandilha que nos levaram à bancarrota. Que a memória seja longa.
André de Castro Silvestre
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